INACIO ARTE SACRA: outubro 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Exposição comemorativa do centenário do Pontilhão de Ferro.

Os moradores do bairro do Triângulo e arredores surpreenderam-se na manhã do dia 18 de outubro ao atravessarem o pontilhão para irem trabalhar e estudar. Isso porque o escultor Antônio Inácio preparou uma exposição em comemoração ao centenário do Pontilhão de Ferro com fotos-montagem que trazem o pontilhão como tema principal. A surpresa certamente não veio só com a exposição dos banners no passadiço, o fato de se estar comemorando cem anos deste marco histórico de Ponte Nova em 2010 acredito ter causado surpresa ainda maior. A exposição nesse sentido não tem apenas um valor artístico, mas também histórico por conscientizar os pontenovenses da importância deste monumento que mais do que permitir o acesso a um lado e outro da cidade, ajuda a definir a identidade de nossa cidade.

A exposição vai do dia 18 ao dia 25 de outubro de 2010.

Nesta foto o artista próximo a uma das fotos que compõem a exposição

Convite para a exposição e dados informativos sobre a história do Pontilhão.

Abaixo alguns dos trabalhos expostos.

Pontilhão de Ferro, 100 anos de história!!

Foi com surpresa que recebi a notícia de que 2010 é o ano do centenário do Pontilhão de Ferro de nossa Ponte Nova. O comunicado veio do artista plástico Antônio Inácio, que preparou uma exposição no passadiço a fim de comemorar os cem anos desse monumento que representa a identidade de Ponte Nova. As fotos abaixo feitas pelo artista trazem um pouco da história do Pontilhão.

Dados biográficos Inácio

Antonio de Pádua Inácio nasceu na cidade mineira de Cajuri em 1950. mudou-se para Ponte Nova, também em Minas Gerais, ainda criança. Foi nesta cidade que teve seu primeiro contato com o mundo da arte. Aos doze anos começou a trabalhar na hoje extinta Fábrica de Santos daquela cidade. Nesse ambiente teve despertado seu interesse pela escultura. Anos depois conheceu o pintor Rui Meireles, responsável por apresentar-lhe o mundo teórico das artes plásticas, o que conseqüentemente permitiu que aprofundasse seus conhecimentos a respeito das artes plásticas. A partir daí Inácio, nome artístico do escultor, passou a desenvolver um estilo próprio de trabalho. Expôs seu trabalho em várias cidades mineiras e outros estados como Rio de Janeiro e São Paulo.

Sobre Inácio

Realease artístico

A vida de Antônio Inácio é vivida como arte. Em sua casa na cidade mineira de Ponte Nova, o artista fez de sua casa e de sua rua uma obra de arte. Quem entra em sua rua é recebido por um anjo gigantesco, esculpido em concreto pelo artista, única peça do seu projeto Presépio em Tamanho Natural que resistiu à ação dos vândalos. A fachada de sua casa, toda esculpida pelo artista, apresenta uma folhagem densa, simulando a mata tropical fechada e estende-se pelo interior da casa. Essa mata esculpida por Inácio reveste todos os seus cômodos, fazendo com que o visitante se admire e tenha sua imaginação provocada. Pode-se dizer sem exagero que estar na casa de Inácio é ter uma vivência estética!

A paixão pela atividade artística, a obsessão por expressar seus sentimentos de modo a provocar os sentidos e a percepção das pessoas o levou a construir projetos audaciosos, que continham mais do que o desejo particular ao artista em se expressar, a necessidade de repartir seus anseios com as outras pessoas. Um desses projetos foi a construção de um presépio em tamanho natural no início dos anos 90. Sem qualquer patrocínio o escultor concretizou seu projeto esculpindo 15 estátuas em tamanho natural em concreto armado. Sua rua foi transformada em museu a céu aberto, um espaço onde era possível ter uma experiência de caráter artístico. Contudo, a ignorância de alguns fez com que o presépio desaparecesse, restando apenas o Anjo que anuncia o nascimento do menino Jesus, na entrada da rua, e as estátuas que representam as personagens da mangedoura: o menino Jesus, José, Maria e os animais. Estes só foram preservados porque encontram-se nos limites da casa do escultor.

Esse foi um momento de transição para o artista. Esta fase de transição a chamamos de “fase do concreto”. Nunca havia experimentado esculpir em concreto até então, havia trabalhado apenas com madeira e gesso. Embora tenha obtido bons resultados esculpindo o concreto, tomou uma decisão prática, dedicar-se à madeira, que além de mais barata, enquanto matéria prima é mais fácil de esculpir, de transportar e de vender.

A “fase da madeira” do artista pode ser dividida em duas etapas sendo a primeira delas referente ao período de juventude, quando Inácio experimentava diferentes tipos de linguagem. Durante este período o artista dedicava-se ao entalhe e dialogava diretamente com as formas geométricas. As obras possuíam um caráter estritamente abstrato e algumas imagens refletiam as idéias do surrealismo. A intenção de partir para a escultura começava a se esboçar em algumas peças. Iniciava-se a segunda “fase da madeira”, referente ao período de maturidade do artista, quando passa a se dedicar à escultura propriamente dita. Adotou o cedro como matéria-prima para expressar seu trabalho, a afinidade foi tanta que cultiva na frente de sua casa uma árvore desta espécie.

Hoje o artista possui um atelier na cidade de Ouro Preto, onde vende suas peças a artistas de todo o mundo. Dedica-se em especial às imagens de São Francisco de Assis, que podem ser encontradas em diversos tamanhos e esculpidas de vários modos.

Caso queiram manter contato com o escultor Inácio e até adquirir algum de seus trabalhos os contatos são os seguinte:

e-mail: inacioartesacra@yahoo.com.br

cicneto@yahoo.com.br

Endereço profissional: Rua Bernardo Vasconcelos, 72

CEP: 35400 – 000, Ouro Preto – MG

Telefone para contato: (31) 38174328